segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A obesidade no Contexto Escolar.


Com a famosa e benéfica “escola para todos”, atualmente quase todas as crianças estão freqüentando os bancos escolares. Sendo assim, facilmente chegaremos á seguinte conclusão: se aproximadamente 40% das crianças brasileiras encontram-se acima do peso (pré-obesidade e obesidade), é claro que a escola contempla, em seu universo de alunos, também crianças em situação de sobrepeso e obesidade, ou seja, por volta de 40% dos alunos estão acima do peso ideal.Mas como se desenvolvem as relações escolares? Como é o dia a dia de uma criança obesa dentro da escola? E sua convivência com os demais colegas, professores de classe e professores de educação física? Será que existe preconceito? Todos nós vivemos situações embaraçosas e constrangedoras, mas será que essas situações não são mais frequentes com as crianças em excesso de peso? E os apelidos, será que não fazem parte do universo escolar? Os alunos obesos não são vistos como um alvo para esses apelidos e brincadeiras?Acredito que a resposta para quase todas as perguntas seja SIM. Mas deveria ser dessa forma? Agora a resposta é NÃO. Surge então uma nova pergunta: quem poderá transformar essa realidade? Sem dúvida nenhuma o professor.Saber que existem diferenças entre as pessoas é fácil, trabalhar respeitando-as é o primeiro passo para amenizar essas situações. A escola está gradativamente se adequando na questão da inclusão, recebendo alunos com algum tipo de comprometimento e oferecendo-lhes o mesmo conteúdo dos demais, evidentemente que em alguns casos com adaptações, mas a idéia central é incluir esse aluno para que ele se desenvolva de uma maneira harmoniosa. Observa-se, principalmente nas aulas de educação física, que uma criança obesa em determinadas situações, se torna excluída, quer seja pelos colegas, quer seja pelo próprio professor (o que é inadmissível).Não estou aqui dizendo que o obeso é portador de necessidades especiais, mas é certo que determinadas atividades físicas excluem essas crianças, que por conta do seu excesso de peso apresentam limitações em seus movimentos e até mesmo vergonha de participar das aulas, comportando-se de maneira isolada e repudiando situações que a exponham, mas a vontade dele certamente é de estar lá, participando junto com os demais. O professor diante dessa situação pode tomar dois caminhos opostos. O primeiro será aceitar essa recusa da criança, reforçando a idéias de que ele não gosta de participar das aulas de educação física. O segundo caminho a tomar, e mais correto na minha opinião, seria lançar mão de estratégias até mesmo modificando e adaptando regras para que todos participem, sem privilegiar a performance e sim valorizar o movimento, dando opções para que todos possam ter contato com uma variedade de possibilidades de se movimentar, usando os movimentos básicos fundamentais de locomoção, estabilizadores e manipulativos. Atividades lúdicas são fundamentais para que a motivação esteja presente. Dessa maneira os alunos terão a oportunidade de formar seu repertório motor, dentro das suas possibilidades, mas sobretudo, tendo mantido o direito de se movimentar, passando a fazer parte do grupo, mostrando para os demais e para ele próprio, que é capaz de executar as atividades e se relacionar positivamente com os colegas.O professor de educação física é figura muito importante na formação geral do aluno, basta que o trabalho seja executado com responsabilidade.

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