quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Chocante: pais perdem filhos para a obesidade

Nos dias atuais, os adventos da chamada vida moderna nos proporcionam muito conforto, mesmo para abrir o vidro de um carro basta apertar um simples botão, os espaços para brincadeiras de criança estão cada dia mais restritos, tanto como conseqüência da urbanização, quanto pelo medo da violência por parte dos pais. As crianças brincam dentro de casa ou dos minúsculos apartamentos em frente aos videogames e computadores, comendo uma tigela de pipoca ou um pacote de bolacha recheada acompanhada de um refrigerante. Os alimentos mais consumidos por elas são industrializados com grande teor calórico e pouco valor nutritivo, ou seja, os hábitos cultivados por esta geração infanto-juvenil convergem para o acúmulo de gordura corporal, desencadeando o sobrepeso e a obesidade em idades cada vez menores.
Depois de instalada, a obesidade deixa portas abertas para outras morbidades, o colesterol, a hipertensão e o diabetes são os mais preocupantes, pois agem de maneira assintomática por um longo período, danificando órgãos fundamentais. E a convivência com uma dessas co-morbidades da obesidade pode provocar sérias complicações com o passar dos anos.
Uma criança obesa aos oito anos de idade, por exemplo, que desenvolve uma complicação associada ao excesso de peso, não irá perceber os sintomas de imediato, mas seus efeitos maléficos certamente estarão presentes, dificultando o funcionamento de órgãos importantes como rins e coração. Essa mesma pessoa quando estiver com quarenta anos de idade, se não tiver mudado seus hábitos, terá sofrido os efeitos da obesidade e suas complicações por trinta e dois anos consecutivos.
Nas gerações passadas onde a vida sedentária não imperava entre as crianças e a oferta de alimentos industrializados não era exagerada, problemas como hipertensão e colesterol alto se manifestavam por volta da sexta década de vida, sendo inclusive, mais facilmente tratados.
Se atitudes práticas não forem tomadas imediatamente, logo estaremos vivendo uma geração onde muitos filhos morrerão antes dos pais em conseqüência de problemas relacionados á obesidade. Como diz a música: “alguma coisa está fora da ordem”. É realmente chocante, mas também é uma realidade cada vez mais presente na família brasileira. Esse problema no Brasil já é caso de saúde pública, ações preventivas se fazem necessárias, inclusive por parte dos governantes. A consciência do que se deve fazer para evitar o acúmulo de gordura nas crianças é de conhecimento da população em geral, o que falta são ações efetivamente práticas. A obesidade é um problema comportamental, na grande maioria dos casos, portanto não se pode resolvê-la apenas na teoria e sim com mudanças no comportamento.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ciança obesa, adolescente infeliz, adulto doente




Tempos atrás a preocupação com a saúde de nossas crianças não contemplava a gordura corporal, ou o excesso dela, não era raro ouvir falar de casos de desnutrição e a obesidade infantil nunca foi considerada problema sério, pelo contrário, uma criança gordinha era sinônimo de saúde.
Frases do tipo: “quando entrar na adolescência ele emagrece”, já não fazem mais sentido. O estilo de vida dos pais, a grande oferta de alimentos industrializados com alto valor calórico, as horas diante do computador e da televisão e a ausência de atividades físicas, fazem com que cada vez mais a criança obesa de hoje se torne o adolescente obeso de amanhã. O excesso de peso na adolescência via de regra vem acompanhado de problemas de relacionamento, exclusão do grupo de amigos e apelidos na escola, situações que induzem esse jovem á atividades cada vez mais individualizadas e sedentárias, como o uso exagerado do computador, que não requer quase nenhuma aptidão física, diante da máquina ele não está exposto ás gozações e não fica em situação embaraçosa por não ter a mesma destreza e agilidade dos demais. O ritmo normal de crescimento e desenvolvimento do ser humano atual está sendo modificado por fatores externos muito pouco salutares.
Estudos recentes apontam que uma criança obesa tem muita possibilidade de se tornar um adolescente obeso, o mesmo se aplica ao passar da adolescência para a idade adulta. Sabemos que a obesidade deixa “portas” abertas para várias doenças e quanto mais cedo ela se instala, maiores são os danos provocados pelas afecções associadas.
Por exemplo: uma criança obesa aos dez anos de idade, que por conta desse excesso de gordura corporal é acometida por elevadas taxas do LDL-colesterol, quando chegar aos quarenta anos já terá sofrido os efeitos maléficos do colesterol alto por três décadas, isso é muito preocupante, pois sérios comprometimentos, principalmente a nível cárdio-vascular, com certeza já existirão, a possibilidade de um enfarte aos quarenta se torna real décadas antes do que acontecia no passado.
Mudança no estilo de vida envolvendo uma reeducação alimentar e a prática de atividades físicas certamente é a melhor combinação para que se evite que a criança obesa passe a ser o adolescente infeliz e posteriormente o adulto doente.

sábado, 29 de novembro de 2008

Pais não querem ver a obesidade dos filhos


Parece haver uma relutância em admitir o problema do excesso de peso, quando ele ocorre em seu filho, talvez por comodismo, já que estar acima do peso se tornou algo comum. Mas para o tratamento do sobrepeso e da obesidade infantil é fundamental o reconhecimento e a participação dos pais. Afinal, é quase impossível que as crianças resolvam este problema sozinhas.Dizer que criança gordinha é criança saudável faz parte do passado. Hoje é consenso que criança saudável é aquela que está dentro do seu peso e tem uma alimentação equilibrada. Estudos apontam para que: 80% das crianças obesas se tornarão adultos obesos. E quanto mais cedo essa obesidade se apresentar, mais doenças associadas a ela vão surgir. Diabetes, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicérides levam a doenças do coração e problemas ortopédicos. Para saber se seu filho está acima do peso, o profissional de educação física irá calcular o IMC (peso dividido pela altura ao quadrado) e aplicá-lo a uma curva de crescimento. Com a atual fartura de alimentos de baixo valor nutricional e um estilo vida nada saudável, a obesidade infantil é uma realidade cada fez mais presente nas famílias brasileiras. Por esse motivo a atividade física, também sofre mudanças com o passar do tempo. Hoje em dia atividades em grupo como: futebol, voleibol, judô, balet etc... Podem surtir pouco efeito no combate ao sobrepeso e a obesidade infantil, pois as necessidades físicas das crianças são diferentes e a carga de exercício durante um treinamento é a mesma para todos. O ideal é atividade física personalizada, até para a criança, dessa forma será extraído o maior benefício fisiológico de cada exercício físico, e as metas serão alcançadas com maior facilidade.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Obesidade Infantil e Hipertensão Arterial

Não é de hoje que a hipertensão arterial vem sendo uma preocupação para grande parte dos adultos. O número de pessoas com esta doença no mundo é extremamente elevado: aproximadamente um bilhão de pessoas com mais de 18 anos, sofrem desse mal. Por causa destas constatações, promovem-se campanhas de orientações e alerta, relativas aos males causados pela hipertensão e as medidas que devem ser seguidas para evitá-la.
Entretanto em relação à hipertensão arterial nas crianças, percebe-se que existe grande desconhecimento por parte da população em geral. A obesidade infantil é um importante “antecessor” de obesidade na vida adulta e de vários problemas de saúde, entre eles a hipertensão arterial. No entanto, muitos desses distúrbios têm aparecido já na infância. Ações preventivas, divulgação e informações relacionadas ao tema são escassas, o que leva a uma grande ignorância por parte dos pais, que poderiam contribuir muito para a diminuição desta moléstia na população infantil e evitar que se tornem futuros adultos hipertensos.
Sem dúvida a obesidade aumenta o risco de hipertensão ainda na infância, mesmo porque, ela nunca está sozinha, sendo geralmente acompanhada do sedentarismo e da má alimentação, que por sua vez são fatores de risco para inúmeras doenças. Estudos recentes apontam que crianças obesas ou com sobrepeso apresentam aproximadamente treze vezes mais possibilidades de desenvolver hipertensão arterial do que crianças com peso adequado. A hipertensão em uma criança pode desencadear alterações danosas ao organismo, como o aumento do coração e seu mau funcionamento, complicações renais e alterações nos vasos sangüíneos dos olhos, problemas que certamente serão agravados na idade adulta.
Sempre que falamos em doenças na infância, a palavra chave é profilaxia. Na existência de fatores de risco para a hipertensão arterial, é fundamental um diagnóstico precoce e ações preventivas nas primeiras etapas de vida. É necessário o esclarecimento dos profissionais de saúde, educadores e principalmente familiares no que diz respeito á cristalização de hábitos saudáveis para prevenção e tratamento da obesidade e suas complicações. O estilo de vida das crianças e adolescentes geralmente está associado aos hábitos dos pais. É importante que estes dêem o exemplo desde cedo

Obesidade Infantil não é brincadeira

Crianças acima do peso precisam de uma atenção especial, pois o excesso de gordura corporal pode desencadear doenças graves.Hoje em dia uma criança gordinha não é mais sinônimo de saúde, muito pelo contrário, está na hora de começar a repensar esses conceitos. A obesidade infantil tem preocupado os profissionais da área de saúde em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 15% das crianças encontram-se obesas, o que nos coloca entre os quatro países com maior incidência desse problema. Além da má alimentação e da falta de atividades físicas, a obesidade infantil também está associada a fatores genéticos, familiares, ambientais e psicológicos. Porém, o sedentarismo exerce papel fundamental nessa problemática. A medida que uma criança ingere mais calorias do que gasta ao longo do dia, a tendência é de armazenar este saldo de energia na forma de gordura. Quando ela pratica alguma atividade física, seu dia a dia e sua relação com a comida ficam mais agradáveis e sem muitas privações no campo alimentar.
A criança obesa pode desenvolver doenças comuns a pessoas adultas. Hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol elevado), diabetes tipo II, arteriosclerose, enfarte e acidentes vasculares cerebrais são apenas algumas das enfermidades que podem acometer uma pessoa com excesso de peso.
O tratamento de uma criança obesa requer um acompanhamento multiprofissional, com médicos, nutricionistas, psicólogos e profissionais de educação física atuando juntos, para contemplar todos os fatores etiológicos da obesidade. Porém, toda a família deverá ajudar no processo. É importante que os pais também adotem um estilo de vida saudável.
As crianças obesas têm 50% de chances de se tornarem adultos obesos, e adolescentes obesos cujos pais têm a doença, possuem 80% de chances de seguirem o mesmo caminho. Dados como estes apontam claramente o quanto é problemático e preocupante a situação da obesidade infantil. As complicações e o impacto que estas doenças causam na vida de uma criança vai muito além do que se pode imaginar, interferindo na auto-estima e podendo gerar distúrbios psicológicos, depressão, isolamento, ausência de convívio social, dependência de álcool ou drogas.
Uma vez adotado um estilo de vida saudável, a criança poderá ter uma vida tranqüila. Bons hábitos cultivados ainda na infância podem garantir um futuro saudável.