quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PUBLICAÇÃO DE LIVRO


Dia 15 de outubro de 2010 foi publicado meu primeiro livro sobre obesidade infantil, essa complicação que atinge cada dia mais famílias brasileiras.
"OBESIDADE INFANTIL NÃO É BRINCADEIRA"


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Infobeso - Um Blog de Peso: Postagem Coletiva: Dia Nacional de Combate à Obesidade - Participe!

Infobeso - Um Blog de Peso: Postagem Coletiva: Dia Nacional de Combate à O
http://obesidadeinfantil-obesidade.blogspot.com/besidade - Participe!

Infobeso - Um Blog de Peso: Postagem Coletiva: Dia Nacional de Combate à Obesidade - Participe!

http://obesidadeinfantil-obesidade.blogspot.com/

11 de Outubro: Dia Nacional de Combate á Obesidade.

Uma data para reflexão sobre esse tema importantíssimo e cada dia mais presente nas famílias brasileiras, uma data para pensarmos como estamos tratando da nossa saúde, nossa rotina diária é saudável? Quais exemplos estamos proporcionando aos nossos filhos?
A obesidade hoje em dia é questão de saúde pública, cresce de forma galopante em todo o mundo. Tenho uma opinião em relação ao combate dessa enfermidade. Nós temos que apostar nas escolas como ferramenta preventiva da obesidade, as crianças obesas de hoje certamente serão os adultos obesos de amanhã. Adultos esses que gastarão fortunas com remédios para pressão, coração e rins, além das cirurgias bariátricas que também têm um peso muito grande na contas da obesidade. Fica evidente que é muito mais fácil prevenir do que remediar, além de tudo, população e órgãos governamentais economizariam muito dinheiro com a diminuição dos casos de pessoas obesas. O problema é que a obesidade é muito rentável para determinados setores, mas isso é uma longa discussão.
Ações preventivas a partir da escola, nas aulas de educação física, com aulas teóricas sobre alimentação saudável e prática regular de atividades físicas, na minha opinião são os meios mais eficazes para que possamos iniciar um combate mais efetivo a essa problemática. Acontece que, a teoria da vida saudável é de conhecimento da maioria das pessoas o que realmente falta são ações práticas mais contundentes.
A obesidade deixa portas abertas para outras complicações como; colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas cardiovasculares e diabetes tipo II. São doenças assintomáticas e muito perigosas quando elas se instalam ainda na infância é muito preocupante. Vejam o exemplo a seguir: “Uma criança obesa com 10 anos de idade que desenvolve a hipercolesterolemia (colesterol elevado), não vai de imediato sentir os efeitos desse problema, mas quando atingir 40 anos de idade seu organismo já terá sofrido os danos provocados pela obesidade durante três décadas e provavelmente esse indivíduo apresentará problemas de saúde ainda jovem”. Situações como essa eram mais raras algumas décadas atrás, quando as pessoas cultivavam hábitos mais salutares e a obesidade não estava tão presente principalmente entre as crianças.
É uma questão de ordem comportamental, então uma mudança de comportamento é necessária, não iremos erradicar a obesidade da noite para o dia é um processo longo e muitas vezes penoso. Necessita do apoio de uma equipe multidisciplinar com médico. Nutricionista e professor de educação física, em alguns casos o psicólogo também é necessário.
Volto a frisar, o início dessa “batalha” é na escola onde os hábitos são criados. Criar hábitos é muito mais fácil do que mudar hábitos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

http://www.jcnet.com.br/detalhe_tribuna.php?codigo=192902


Participe!

Práticas Motoras da Criança Obesa na Educação Física Escolar.


A cultura em que o ser humano está inserido norteia as diversas maneiras de se relacionar com o próprio corpo e com a sociedade. Sendo assim, a corporeidade do indivíduo revela sua singularidade, mas também possui características que o definem como membro de determinado grupo. O corpo é constantemente (re)criado e a escola é uma ferramenta importante nessa construção. O desenvolvimento motor é o resultado de uma incessante alteração no comportamento ao longo da vida, executado através das necessidades biológicas e as condições do ambiente .
A motricidade é responsável por proporcionar uma constante maturação orgânica.
O início da escolarização formal constitui uma mudança importante no desenvolvimento físico da criança. A escola significa o começo do período em que esta deverá aprender todas as competências e papéis específicos que são parte de sua cultura.
Com a famosa e benéfica “escola para todos”, atualmente quase todas as crianças estão frequentando os bancos escolares, sobretudo no estado de São Paulo, recebendo uma a gama de conhecimento que contribui para seu desenvolvimento, inclusive motor. Dentre os vários saberes escolares está a educação física que através da prática de movimentos corporais é a principal responsável pelo desenvolvimento motor.
No universo dos educandos há uma variedade de padrões corporais, crianças que apresentam um padrão corporal diferente do considerado normal parecem estar de forma direta ou indireta, total ou parcialmente, excluídas da oportunidade da prática de movimentos corporais. A obesidade pode ser um motivo pelo qual a criança apresente um baixo desenvolvimento motor, visto que uma de suas características está relacionada a um déficit psicomotor provocado por transtornos no esquema corporal. A criança obesa parece ser acometida pela insegurança em relação aos outros.
Há indícios de que a criança obesa ao participar de vivências motoras apresenta uma atividade claramente mais baixa se comparada á outra criança com peso normal. Dessa forma, a prática pode representar um esforço muito maior para quem está acima do peso, reduzindo o prazer pela atividade física.
As aulas de educação física escolar se apresentam na forma de cinco eixos principais que serão norteadores de todos os conteúdos trabalhados pela disciplina, são eles: jogos, lutas, ginástica, esportes e dança. Nesse contexto, subjetivamente, parece haver uma busca pelo bom desempenho dos alunos no que diz respeito ás atividades motoras, visto que, se a criança não apresentar uma boa base de movimentos, seu desenvolvimento motor ficará comprometido.
No cotidiano escolar, sobretudo nas aulas de educação física, se percebe que há determinadas crianças com dificuldades de lidar com o próprio corpo, nesse grupo muitas apresentam excesso de peso. Embora a escola tenha por obrigação oferecer a todos os educandos possibilidades igualitárias de desenvolvimento, não é tarefa fácil oportunizar as mesmas vivências corporais, visto que alunos obesos tendem a apresentar uma limitação em seus movimentos.
Nas últimas décadas, observa-se um aumento considerável dos casos de obesidade infantil. Estudos realizados em algumas cidades brasileiras indicam que o sobrepeso e a obesidade juntos atingem aproximadamente 30% das crianças em idade escolar. A escola, nesse contexto, parece surgir como elemento fundamental na prevenção desta problemática, todavia será que esse espaço está realmente sendo aproveitado pelas crianças que mais necessitam?
A obesidade infantil é um assunto relativamente novo, não há muitos estudos científicos sobre esse tema, mas nós como professores de educação física temos o dever de atentar para a questão e não tratar os alunos obesos como aqueles que não gostam da aula de educação física, mas entender o motivo da repulsa e criar estratégias para mudar esse quadro, pois a escola é elemento fundamental no combate a epidemia da obesidade infantil, mas é necessário que tenhamos ações efetivamente práticas.

A Educação Física Escolar e a Criança Obesa.

A educação física historicamente sempre esteve relacionada ao movimento e não poderia ser diferente. Parece ser a disciplina que os alunos mais gostam dentro da escola. Mas será que todos os alunos são contemplados com esse movimento? Será que todos os alunos adoram as aulas de educação física?A obesidade avança de forma assustadora em todas as faixas etárias e sociais, portanto, a escola e especificamente as aulas de educação física, jamais receberem uma quantidade tão grande de crianças acima do peso como nos dias atuais, não importando se a instituição é particular ou pública.A grande questão é como lidar com esse aluno obeso. Me reporto ás duas perguntas do início. Será que todos se movimentam durante as aulas de educação física? Será que o aluno acima do peso realmente gosta da aula de educação física?É uma problemática complexa e exige muita competência e comprometimento do professor. Um dos efeitos da obesidade infantil é o isolamento, que se torna mais visível quando lhe é exigida uma performance motora, evidente que o excesso de peso fará com que essa criança apresente uma limitação de movimentos e não podemos exigir dela a mesma destreza dos demais alunos. A educação física tem papel fundamental no combate á obesidade infantil, ela pode proporcionar vivências motoras agradáveis aos alunos fazendo com que a atividade física passe a ser vista como algo prazeroso, esse é o princípio para que a pessoa se torne fisicamente ativa. É sabido que uma boa saúde tem como base a alimentação adequada e atividade física regular. A idade escolar representa a fase da vida onde muitos hábitos são criados, uma aula de educação física onde uma variedade de possibilidades de movimento seja oferecida certamente será prazerosa e terá uma grande aderência, contribuindo dessa forma para minimizar o grau de sedentarismo entre as crianças.

A obesidade no Contexto Escolar.


Com a famosa e benéfica “escola para todos”, atualmente quase todas as crianças estão freqüentando os bancos escolares. Sendo assim, facilmente chegaremos á seguinte conclusão: se aproximadamente 40% das crianças brasileiras encontram-se acima do peso (pré-obesidade e obesidade), é claro que a escola contempla, em seu universo de alunos, também crianças em situação de sobrepeso e obesidade, ou seja, por volta de 40% dos alunos estão acima do peso ideal.Mas como se desenvolvem as relações escolares? Como é o dia a dia de uma criança obesa dentro da escola? E sua convivência com os demais colegas, professores de classe e professores de educação física? Será que existe preconceito? Todos nós vivemos situações embaraçosas e constrangedoras, mas será que essas situações não são mais frequentes com as crianças em excesso de peso? E os apelidos, será que não fazem parte do universo escolar? Os alunos obesos não são vistos como um alvo para esses apelidos e brincadeiras?Acredito que a resposta para quase todas as perguntas seja SIM. Mas deveria ser dessa forma? Agora a resposta é NÃO. Surge então uma nova pergunta: quem poderá transformar essa realidade? Sem dúvida nenhuma o professor.Saber que existem diferenças entre as pessoas é fácil, trabalhar respeitando-as é o primeiro passo para amenizar essas situações. A escola está gradativamente se adequando na questão da inclusão, recebendo alunos com algum tipo de comprometimento e oferecendo-lhes o mesmo conteúdo dos demais, evidentemente que em alguns casos com adaptações, mas a idéia central é incluir esse aluno para que ele se desenvolva de uma maneira harmoniosa. Observa-se, principalmente nas aulas de educação física, que uma criança obesa em determinadas situações, se torna excluída, quer seja pelos colegas, quer seja pelo próprio professor (o que é inadmissível).Não estou aqui dizendo que o obeso é portador de necessidades especiais, mas é certo que determinadas atividades físicas excluem essas crianças, que por conta do seu excesso de peso apresentam limitações em seus movimentos e até mesmo vergonha de participar das aulas, comportando-se de maneira isolada e repudiando situações que a exponham, mas a vontade dele certamente é de estar lá, participando junto com os demais. O professor diante dessa situação pode tomar dois caminhos opostos. O primeiro será aceitar essa recusa da criança, reforçando a idéias de que ele não gosta de participar das aulas de educação física. O segundo caminho a tomar, e mais correto na minha opinião, seria lançar mão de estratégias até mesmo modificando e adaptando regras para que todos participem, sem privilegiar a performance e sim valorizar o movimento, dando opções para que todos possam ter contato com uma variedade de possibilidades de se movimentar, usando os movimentos básicos fundamentais de locomoção, estabilizadores e manipulativos. Atividades lúdicas são fundamentais para que a motivação esteja presente. Dessa maneira os alunos terão a oportunidade de formar seu repertório motor, dentro das suas possibilidades, mas sobretudo, tendo mantido o direito de se movimentar, passando a fazer parte do grupo, mostrando para os demais e para ele próprio, que é capaz de executar as atividades e se relacionar positivamente com os colegas.O professor de educação física é figura muito importante na formação geral do aluno, basta que o trabalho seja executado com responsabilidade.

Aspestos Psicológicos e a Obesidade Infantil.


Os aspectos psicológicos parecem estar presentes tanto nas causas quanto nas conseqüências da obesidade entre crianças. As causas são: dificuldades de adaptação e ansiedade. As conseqüências: não aceitação social, isolamento e baixo nível de auto-estima. A maioria dos estudos sobre obesidade infantil privilegia os aspectos clínicos da patologia. Porém, o excesso de peso em crianças quase sempre está acompanhado de transtornos psicossociais.Alguns transtornos psicológicos tais como depressão, ansiedade e dificuldade de ajustamento social podem ser observados em crianças obesas.Durante muito tempo acreditou-se que as crianças raramente apresentavam depressão. Atualmente existem evidências, de que transtornos depressivos também surgem durante a infância e não apenas na adolescência e na vida adulta. A obesidade apresenta uma estreita relação com a depressão infantil, estudos apontam que as crianças obesas apresentam uma maior tendência á depressão se comparadas as de peso normal. Não é fato raro crianças acima do peso se isolar em atividades individuais como computador, videogames e TVs. Situações em que seus atributos físicos não são colocados á prova. Os sintomas depressivos podem interferir na vida da criança de maneira intensa, prejudicando seu rendimento escolar e seu relacionamento familiar e social.Os transtornos de ansiedade não são muito comuns em crianças obesas. A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, que faz parte do desenvolvimento do ser humano, podendo tornar-se patológico quando acontece de forma exagerada. Existem dois fatores que parecem prevenir a criança de transtornos de ansiedade, o grau de vaidade em uma criança não é o mesmo de um adulto, além disso, a criança não tem a exata noção das complicações que o excesso de peso poderá trazer no futuroVários estudos de obesidade em adultos mostram uma relação entre obesidade e ansiedade, destacando a ansiedade como um sintoma freqüente entre os obesos adultos. Fato que não significa uma vitória, pois esta criança obesa de hoje, se não for tratada, será o adulto obeso de amanhã, exposto além de outros, aos transtornos da ansiedade.A amargura emocional também é uma das complicações da obesidade infantil, visto que nossa sociedade enfatiza a aparência física e não vê uma pessoa obesa como sinônimo de beleza. Esse preconceito pode desencadear um processo de baixa auto-estima na criança, que se sente isolada do grupo e as vezes é isolada literalmente. Nesse contexto, a criança obesa sofre muito mais do que o adulto, pois não sabe agir diante de críticas depreciativas e os colegas por vezes não têm a dimensão do mau que estão causando ao excluir um colega acima do peso.